Aumento do IOF: Entenda o impacto das mudanças para as viagens internacionais

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Foto: Divulgação

Informações importantes para o mercado de turismo. Viagens internacionais para brasileiros ficam mais caras a partir desta sexta-feira (23).

O governo federal anunciou um aumento significativo no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que impacta diretamente a compra de moeda estrangeira e o uso de cartões no exterior, além de remessas de recursos.

A medida já está em vigor.

IOF para viagens Internacionais

A principal mudança é a unificação da alíquota do IOF em 3,5% para diversas operações financeiras relacionadas a viagens ao exterior. Entenda como as novas taxas afetam você:

Novas alíquotas do IOF detalhadas:

  • Compra de moeda estrangeira em espécie (dólar, euro, etc.): A alíquota do IOF salta de 1,1% para 3,5%.
  • Cartões internacionais (crédito, débito e pré-pagos): O IOF sobe de 3,38% para 3,5% em todas as compras realizadas fora do país, seja presencialmente ou online.
  • Remessas para contas de brasileiros no exterior: Transferências para contas no exterior, usadas para despesas de viagem ou estudos, também passam a ser tributadas com IOF de 3,5% (anteriormente 3,38%).
  • Cheques de viagem: A alíquota também foi ajustada para 3,5%.

Qual o impacto real do novo IOF no bolso do viajante?

aumento do IOF encarece todas as formas de pagamento para quem viaja ou realiza transações com o exterior.

Exemplo prático do aumento:

  • Ao comprar US$ 1.000 em espécie, o imposto que antes era de R$ 61 (considerando um câmbio exemplo de R$ 5,55 e IOF de 1,1%) agora sobe para aproximadamente R$ 195 (com IOF de 3,5%), sem contar a variação cambial do dia da compra.
  • Em uma compra de US$ 100 no cartão de crédito internacional, o acréscimo apenas de IOF será de US$ 3,50, além das tarifas do cartão e da conversão do câmbio no dia do fechamento da fatura.

Dinheiro em espécie perde vantagem com unificação do IOF

Antes desta mudança, a compra de moeda estrangeira em espécie era a opção mais barata em termos de IOF (1,1%) para levar dinheiro ao exterior.

Com a nova regra, todas as principais modalidades de pagamento internacional passam a ter a mesma tributação de IOF (3,5%), eliminando essa vantagem específica do dinheiro vivo.

Reação do mercado ao aumento do IOF

A notícia do aumento do IOF teve impacto no mercado financeiro. Ontem (22), o dólar à vista fechou em alta de 0,35%, cotado a R$ 5,66.

Essa valorização reflete a percepção de maior custo para viagens e remessas ao exterior, além de preocupações com o cenário fiscal do país.

Justificativa do Governo para o aumento do imposto

Segundo o Ministério da Fazenda, a medida tem como objetivos principais corrigir distorções tributárias entre diferentes meios de pagamento e aumentar a arrecadação federal.

A expectativa é gerar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.

O governo argumenta que a unificação das alíquotas do IOF promove isonomia e reduz oportunidades para planejamento tributário que beneficiava o uso de contas no exterior.

O que permanece isento de IOF em transações internacionais?

É importante notar que algumas operações continuam isentas da cobrança do IOF, como:

  • Importação direta de produtos (compras em sites internacionais com envio para o Brasil, sujeitas a outros impostos de importação).
  • Passagens aéreas internacionais.
  • Gastos de turistas estrangeiros com seus cartões no Brasil.

Brasileiros com viagens planejadas devem reavaliar seus orçamentos e considerar o novo IOF de 3,5% em todas as despesas internacionais.

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